percílio
foi preso e espancado porque tomou boca com a mulher do delegado. era um
amigão. depois da aula. sentávamos-nos
no muro da escola pra ouvir suas estórias de bravezas e safadezas. se não lhe
dessem comida – dizia-se – podia até morrer de fome, mas não pedia. também não entendíamos
por que ele – contador de causos e sabedor de safadezas do fazer com mulher –
precisaria pedir esmolas. herói nacional da juventude do grupo escolar. morreu de uma facada que lhe deram, não se
sabe quem.
Obs.:
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Crônica do poeta Souzalopes publicada no Jornal Versus nº 7, em dezembro de
1976.
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Contribuição enviada pelo camarada Alfredo.
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